Mudanças de comportamento repentinas são sempre um motivo de preocupação, já que é dessa maneira que o animal se comunica com seu dono. Se ocorrerem comportamentos estranhos do seu cachorro, há alguma razão por trás disso. Algumas ações podem ter diversas interpretações, mas vale a pena tentar entendê-las, pois elas podem fornecer informações valiosas sobre o que está agradando ou não o animal, se ele está sentindo alguma dor ou se alguma de suas necessidades não é atendida.
A partir dos sete anos de idade, a maioria já pode ser considerada como cães idosos, e essa nova fase traz novos comportamentos e desafios que não podem ser ignorados. Se seu cachorro passou a ter medo de ficar sozinho, teve alterações no seu ritmo de sono ou se tornou agressivo, os comportamentos estranhos do seu cachorro devem ser avaliados. O primeiro passo é tentar identificar o que foi alterado na rotina do cachorro, como mudanças em sua dieta, se há um novo membro na família ou um novo pet; a presença de machucados e ferimentos também deve ser verificada.
Na terceira idade, os cachorros sofrem diversas mudanças físicas e precisam de cuidados específicos e visitas mais frequentes ao veterinário. Preparamos uma lista das situações comportamentais mais comuns nesta fase da vida canina, com dicas de como lidar com essas mudanças e promover o bem-estar do animal:
1. Medo de ficar sozinho
Com as mudanças que ocorrem nessa fase, os cães idosos tendem a ficar mais ansiosos. Devido à maior dificuldade de se locomover, ouvir e enxergar, os animais podem se sentir indefesos na ausência do seu dono e ficar agitados com o momento da separação. Para reduzir essa ansiedade, algumas atitudes podem ser adotadas:
Modifique a sua rotina e os sinais de que você está partindo
No final de semana pegue as chaves de casa, como se você fosse sair, e brinque com o seu cão; coloque seu alarme para tocar, mas continue em casa. Ações como essas irão reduzir as crises de ansiedade do seu cão.
Mude a duração das suas partidas
Assim, o cão irá se acostumar com a sua ausência. Saia de casa em curtos períodos de tempo: inicialmente fique de 5 a 10 minutos fora e aumente gradativamente o período em que o cão ficará sozinho.
Associe a sua partida com coisas positivas
Proporcione um ambiente confortável e deixe alguns brinquedos para o seu cachorro se entreter enquanto você estiver fora. Ao retornar, analise se o cão está calmo e o recompense por isso.
2. Agressividade
Devido às mudanças físicas ocorridas, o cachorro tende a se sentir mais inseguro e irritado. Situações que antes eram comuns agora podem parecer perigosas. Observe as situações que irritam o cão e procure eliminá-las.
3. Mudança dos padrões de sono
Insônia noturna e dificuldades para dormir fazem parte dessa série de mudanças, mas, dependendo da frequência com que ocorrem, precisam de acompanhamento médico. A insônia noturna pode acontecer por conta de fatores secundários, como dores no corpo ou otite. Sem dor o seu cãozinho irá dormir muito melhor.
4. Esquecimento de comandos
Nessa fase é natural o cachorro esquecer alguns comandos e aprendizados. É necessário ter muita paciência e calma para relembrar esses ensinamentos e ajudar o pet a passar por essa etapa. A disposição do seu cachorro não é mais a mesma, então, é recomendável reduzir o ritmo e frequência das atividades físicas. Depois de uma vida cheia de brincadeiras e atividades físicas, na terceira idade os cães precisam de cuidados especiais. É responsabilidade do dono entender as alterações comportamentais e oferecer os cuidados necessários para auxiliá-lo.
5. Correr atrás do próprio rabo
Este é um dos comportamentos mais comuns e engraçados de se observar nos cães, mas ele tem um “momento certo” para acontecer; quando filhotes, essa atividade geralmente é feita por pura diversão, porém, se você perceber que o comportamento é persistente inclusive na vida adulta, isso pode representar sinais de ansiedade, machucados na cauda ou até mesmo problemas de vermes na região do ânus. Portanto, fique atento.
6. Lambendo as patas
Nada mais natural do que um cachorro se lamber de vez em quando, não é? No entanto, quando essas lambidas acontecem com maior frequência nas patas, procure identificar se há algum machucado ou outra razão que esteja trazendo desconforto ao pet, principalmente depois de passeios; problemas de pele também aumentam a sensibilidade e causam coceiras, então, lambidas e mordidas são uma forma de amenizar o incômodo. Existe ainda o fator psicológico e emocional, onde as lambeduras são um modo de aliviar a ansiedade e estresse.
7. Desatenção
Este ponto é bastante interessante e não chega a ser um problema apenas do pet. Muitas vezes os donos consideram seus animais como desatentos aos comandos ou distraídos quando, na verdade, podemos estar diante de casos de hiperatividade (excesso de energia acumulada) ou um problema de falta de estímulos adequados por parte do tutor. Dificilmente um cão com necessidades a serem supridas estará atento ao próprio dono.
8. Demência e senilidade
A demência e senilidade são mudanças que acontecem no cérebro do cachorro. Assim como em humanos, a idade avançada pode trazer consequências ou até mesmo disfunções cognitivas, como o esquecimento de comandos que mencionamos mais acima. Neste tópico separamos os principais sinais de que seu pet possa apresentar essa deficiência:
• Ficar preso em cantos ou pequenos espaços.
• Parecer estar perdido em lugares familiares.
• Não responder bem ao próprio nome.
• Tornar-se recluso, sem interagir mais com pessoas ou outros bichos.
• Ficar atordoado ou olhando para o espaço.
• Desorientação ou confusão geral.
Vale ressaltar que estes são alguns sinais que podem chamar a sua atenção. Os exames e o diagnóstico devem ser feitos sempre por um veterinário, que aplicará os testes específicos para determinar as reais causas dos comportamentos estranhos do seu cachorro.
Esperamos que todas essas dicas ajudem você a conhecer ainda mais o seu animal de estimação, para que ele tenha sempre muito carinho e qualidade de vida.
This website uses cookies.