Você já ouviu falar da doença canina cinomose? Apesar de ser uma doença viral altamente contagiosa e grave, muitas pessoas a desconhecem. Ela pode afetar principalmente os filhotinhos e cães mais idosos que estejam com a imunidade afetada e relativamente baixa, porém, não se engane, pois ela pode acometer cães em qualquer idade.
Como já falamos, a cinomose é uma doença altamente contagiosa e também multissistêmica. Ou seja, durante a sua evolução ela pode ocasionar muitos sintomas e atingir diversos órgãos.
Ela também é bastante conhecida como CDV, sigla em inglês para Vírus da Cinomose Canina. Essa doença é causada por um vírus da família Paramyxovirus e tem uma taxa de mortalidade bastante elevada, além do risco de deixar muitas sequelas graves nos cachorros.
Artigos científicos registram os primeiros relatos de transmissão da doença em 1844. Infelizmente, a transmissão também pode acontecer por excreções corporais, como urina, fezes, via placentária. Stephen Ettinger e Edward Feldman, no livro Tratado de Medicina Interna Veterinária, destacam que os animais mais suscetíveis são os jovens. E a escritora Claudia Amanda Oliveira complementa dizendo que este é um vírus que costumeiramente ataca mais no inverno, por ter uma maior afinidade com ambientes frios.
É transmitida a partir do contato com um animal infectado, sendo de maneira direta ou não. Então, é preciso evitar o compartilhamento de acessórios como brinquedos, comedouros e bebedouros. Ficar em um ambiente fechado com um cachorro infectado também é uma das principais formas de transmissão da cinomose para outro pet.
Diferentemente das outras doenças caninas, este vírus pode sobreviver por até três meses no ambiente, mas não resiste a uma boa limpeza, uma vez que pode ser destruído por qualquer tipo de desinfetante.
O vírus da cinomose se replica rapidamente nas células sanguíneas e também sistema nervoso central do animal. Nos estágios iniciais da doença, um sintoma muito comum é a diarreia, pois o sistema digestivo é, geralmente, o primeiro a ser afetado. Já nos casos intermediários, o sistema respiratório é acometido, podendo ser observadas secreções amareladas e densas saindo pelo nariz e também na região os olhos.
Nos estágios mais avançados, ocorre o acometimento do sistema nervoso central, causando um andar mais desorientado e tremores musculares que podem evoluir ao ponto de crises de convulsões.
A progressão dos sintomas da cinomose podem variar de acordo com as seguintes fases da doença: fase respiratória, gastrointestinal, neurológica e cutânea. Mas vale observar que nem todos os animais passam obrigatoriamente por todas elas.
Os primeiros sinais, de modo geral, que aparecem são febres, vômito, diarreia e uma certa dificuldade respiratória. Picos febris ocorrem entre o segundo e sexto dia e entre o oitavo e nono dia, podendo chegar a 41°C. Porém, a progressão dos sintomas da cinomose podem variar de acordo com as seguintes fases da doença: fase respiratória, fase gastrointestinal, fase neurológica e fase cutânea. Mas vale observar que nem todos os animais passam obrigatoriamente por todas elas.
• Secreção nasal;
• Dificuldade respiratória;
• Tosse seca ou com secreção;
• Secreções oculares;
• Pneumonia;
• Febre aguda.
• Vômitos;
• Dor abdominal;
• Diarreia;
• Falta de apetite.
• Andar em círculos.
• Movimentos de pedalagem;
• Paralisia;
• Convulsões;
• Alteração comportamental;
• Contrações musculares involuntárias;
• Vocalização involuntária (como se estivesse sentindo dor).
• Lesões na retina;
• Conjuntivite;
• Pústulas abdominais;
• Espessamento nos coxins e focinho.
O diagnóstico da cinomose canina é feito por um médico-veterinário por meio de vários exames clínicos, entrevista com o tutor e exames laboratoriais. Os mais solicitados costumam ser o hemograma, o teste de ELISA e o PCR, que busca o material genético do vírus.
Qual o tratamento para cinomose?
Não existem medicamentos antivirais eficazes para combater a doença. No entanto, o tratamento consiste em cuidar dos sintomas causados nos mais diferentes sistemas acometidos pela doença:
• Anticonvulcionante para as crises convulsivas devido ao acometimento do sistema nervoso.
• Soro (fluidoterapia) para corrigir a desidratação causada pela diarreia.
• Suplementos nutricionais e terapias alternativas, como é o caso da
acupuntura, para melhorar a resposta imunológica do animal para combater o vírus.
• Antibiótico e antipirético para as infecções secundárias no sistema digestório e respiratório. Além de aliar expectorantes e antieméticos.
No calendário de imunização para cachorros está a vacina contra cinomose. Com ela, as chances do seu animal ser contaminado são mínimas.
Então, leve o seu animalzinho apenas em clínicas veterinárias de confiança para a aplicação das doses e siga à risca todas as orientações do seu veterinário.
O ideal é que filhotes recebam a primeira dose entre seis e oito semanas de idade, com intervalo de três ou quatro semanas entre uma dose e outra. Depois disso, é fundamental levar o seu amigo para receber as doses anuais de reforço. Combinado?
Se você ainda ficou com dúvidas e deseja saber mais sobre o tema, preparamos um vídeo em nosso canal no YouTube: Meu pastor teve cinomose.
Até a próxima leitura!
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